sexta-feira, 28 de novembro de 2008

Que passão!

No ar desde hoje no GP TOTAL o maravilhoso texto "Biografia de uma ultrapassagem", do pessoal do Última Volta (já citados aqui), meu amigo Marcio Madeira, e seu excelente parceiro Lucas Giavoni, que fez uma definição perfeita para essa história.
Pra mim, a ultrapassagem de Mika sobre Schumacher na Bélgica, em 2000, é a melhor que eu vi "ao vivo". Mas acho que a do Piquet no Senna (Hungria, 86) foi melhor...
Dêem uma passadinha lá que vale à pena. Ah, depois digam o que acharam.


quarta-feira, 26 de novembro de 2008

E ele insiste...

Do Grande Prêmio, hoje:

Novamente, Bernie defende sistema 'olímpico'
Warm Up
26/11/2008 - 09:10

O atual sistema de pontuação da F-1 é o novo alvo a ser batido por Bernie Ecclestone. Nesta quarta-feira (26), aproveitando o evento em que a F-1 anunciou um acordo tecnológico com a LG para os próximos anos, o presidente da FOM mais uma vez disse ser favorável à um sistema "olímpico" de premiação na categoria, em que as vitórias valerão mais do que as colocações gerais.
O veterano dirigente praticamente repetiu o que já dissera quando falou sobre o assunto com o jornal "The Times" no último dia 18. "Isso vai acontecer. Todos os times gostaram da solução. E a razão pela qual pensei nisso foi que eu cansei de ouvir as pessoas dizerem que não há mais ultrapassagens", afirmou.
Segundo Ecclestone, a falta de combatividade não é relacionada com os autódromos. "O problema é que os pilotos não precisam ultrapassar. Quem chega em segundo fica apenas dois pontos atrás do vencedor. Se fosse dada uma medalha de ouro a quem vencesse, isso favoreceria as ultrapassagens."
O inglês também destacou que pretende ver o novo sistema em funcionamento já em 2009. "Espero que seja aprovado pelo próximo encontro da FIA", explicou.

sexta-feira, 21 de novembro de 2008

Novas Mudanças...

Esse post, se soubessemos das notícias antes (isto é, se elas fossem anunciadas antes), poderia muito bem ter sido incluso na nossa série "Desfazendo Mitos", mais especificamente na Parte 1 que é a que fala sobre as modificações que aconteceram nos regulamentos ao lonho da história da F-1.
O objetivo, então, era mostrar que a memória nos trai pois ela costuma somente se apegar ao que é recente, esquecendo-se da história, muitas vezes (a política é o melhor exemplo disso). Na Fórmula 1 não foi diferente: desde 2003, ouviu-se muito a estória de que as mudanças foram para impedir que Schumacher fosse campeão novamente, ou ainda "para dar mais graça ao campeonato". Além disso, dizia-se que foi "pela primeira vez..."
Naquele post, apontamos as 3 vezes (na verdade, 4, considerando que em 1960 foi abolido o potno da volta mais rápida e o sexto colocado passou a pontuar, mas só em 61 foi acrescido um ponto ao vencedor) ao longo de mais de meio século em que houve alguma alteração significativa na pontuação ou no sistema de treinos, além de alguma mudança que interferisse diretamente nos carros - potência dos motores, especificações eletrônicas, abastecimento, trocas de pneus, etc.
Portanto, vamos relembrar essas mudanças:
Pontuação
1960 - De 1950 até 1959, pontuava-se do 1º ao 5º colocado (8, 6, 4, 3, 2), sendo acrescida a pontuação da volta mais rápida; Nesse ano, foi abolido o ponto da melhor volta, e o sexto colocado passou a pontuar.
1961 - Aqui entrou o vigor o sistema de pontos mais longínquo da história da F-1: 9, 6, 4, 3, 2, 1 pontos, do primeiro ao sexto colocados.
1991 - Após 30 temporadas seguidas com o sistema implantado em 1961, e 41 com descartes - desde o início, em 1950, eram realizados descartes dos piores resultados, seguindo a fórmula "n/2 + 3", em que N é o número de corridas no ano - foi acrescido um ponto ao vencedor (10, 6, 4, 3, 2, 1) e aboliu-se os descartes.
2003 - Este é o sistema atual: cada piloto, do 2º ao 6º, passou a receber dois pontos a mais, e a zona de pontuação iria até o oitavo colocado: 10, 8, 6, 5, 4, 3, 2, 1, respectivamente.
Treinos
1991 - havia a pré-classificação, onde os 34 inscritos para o GP disputavam 26 vagas - os 8 piores resultados eram eliminados; além disso, era feito um somatório dos tempos da sexta e do sábado. Em 1991, foi implantado que a classificação ocorreria somente aos sábados, cabendo a cada piloto o limite de 4 voltas rápidas para definição da primeira posição.
2003 - foi modificado o sistema vigente desde 1991, ocorrendo que cada piloto teria direito a apenas uma volta lançada, e a ordem das tentativas de cada um seria decidida de acordo com a posição ao final da corrida anterior, invertida: o último faria a primeira volta, o penúltimo seria o segundo, etc. Esse sistema valeu até o fim de 2005 (com variantes).
(até aqui, como vimos, foram duas mudanças de pontuação na época do domínio de Jack Brabham; uma mudança de treino e outro de pontuação no período do auge de Senna; e uma de treino e outra de pontuação, na era dominada por Schumacher).
Mas o que nos leva a publicar uma matéria com esse conteúdo não é mais desfazer esse mito (ele ainda existe?), e sim questionar/comentar/debater a nova mudança de regulamento que está sendo prevista para o ano que vem.
Fórmula Olímpica
Bernie megalomaníaco Ecclestone, insatisfeito com a falta de busca por vitórias, quer agora uma nova mudança na pontuação: aliás, ele quer extingui-la. Ao invés do sistema em vigor desde 2003, Ecclestone quer agora que os três primeiros colocados recebam medalhas, de ouro, prata e bronze.
Bernie, porém, não quer o "modo CNN" de classificação (na última Olímpiada, a emissora de TV Americana insitia em colocar os EUA em primeiro, baseando-se no número total de medalhas, em detrimento da maior quantidade de ouros consquistadas pela China, que citada como líder no resto do mundo).
Para ele, o campeão seria conhecido pelo maior número de vitórias (medalhas de ouro); havendo empate, valeria pelas de prata; persistindo, valendo o bronze. Em outras palavras: não haverá mais o famigerado "correr pelo campeonato". Palavras de Bernie: "dessa maneia, não veremos mais coisas como o GP do Brasil, onde Hamilton almejava um quinto lugar, e lutou somente por isso".
Fórmula Stock
A outra mudança prevista (sempre seguindo o pacote implementado em 1991 "alterar os pontos e treinos") se dá na classificação.
A proposta, porém, não vem de Tio Bernie, mas da associação de equipes (FOTA). Segundo nota do http://www.grandepremio.com.br/, "os carros entrariam na pista ao mesmo tempo e com a mesma quantidade de combustível, sendo que os mais lentos seriam eliminados depois de cada volta.
Após 14 giros, os seis pilotos mais rápidos lutariam pela pole-position, com pneus novos, mas usando a mesma quantidade de gasolina. Além disso, o pole ganharia um ponto no campeonato, além de uma premiação em dinheiro".
Basicamente, os carros ficariam enfileirados correndo como se estivessem em ritmo de corrida. Considerando que todos deverão entrar na pista com a mesma quantidade de gasolina, me parece absolutamente claro que a chance de termos Ferraris e Mclarens nas primeiras filas é maior do que no sistema atual. A surpresa poderá pintar com os dois carros "estranhos" que se classificarem entre os seis. Por outro lado, os líderes parariam sempre mais cedo.
Vale à pena?
Considero que, tanto uma quanto a outra mudança propostas podem até ter lá seu lado comercial (e é só nisso que Bernie pensa), mas não representarão nenhuma melhora esportiva. Muito pelo contrário.
Sobre a questão de premiar os três primeiros com medalhas, é algo, a meu ver, injusto: olhando-se friamente, basta dizer que Nelson Piquet jamais teria sido campeão mundial, e Nigel Mansell seria tri!
Nos treinos, como foi dito, seria apenas um showzinho de TV, pois prejudicaria performances reais, uma vez que o ideal da pole sempre foi pista livre para se obter o tempo mais rápido. E o ponto que querem dar ao pole, como fazer, se só tem medalha?
E vocês, o que acham?

quarta-feira, 19 de novembro de 2008

Frases do Ano - Parte 2

Quero ficar(Rubens Barrichello, minguando uma vaga na F-1 de 2009, antes do GP da China)
Corri como um bundão(Felipe Massa, descrevendo sua pilotagem em Spa-Francorchamps)
Kimi não tem bolas(Lewis Hamilton, falando sobre a pilotagem de Kimi Räikkonen, em Spa-Francorchamps)
"Só a vitória me interessava" (Kimi Räikkonen, argumentando em prol de sua pilotagem em Spa-Francorchamps)
Em 2006, eu tinha os mesmos 84 pontos... na 9ª corrida(Fernando Alonso, referindo-se à pontuação de Lewis Hamilton após o GP do Japão, 16ª etapa)
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A FRASE DO SÉCULO:

“Vou me aposentar” (David Coulthard, abençoando a todos os que acompanham Fórmula 1, antes do GP da Inglaterra)


terça-feira, 18 de novembro de 2008

"O Melhor estreante de todos os tempos"

Muito tem se falado que Lewis Hamilton foi o melhor estreante da história da Fórmula 1. Vice-campeão no ano de estréia, e campeão no ano seguinte, o inglês acumulou o status de piloto pronto, e seus números são incessantemente citados como prova de que ele é mesmo "de ponta", e alguns até ousam dizer que ele é gênio.
O que muitos não sabem, porém, é que Hamilton não é o piloto que alcançou os maiores números em duas temporadas... Não, também não foi Schumacher, ou Senna, nem Alonso, nem nenhum dos outros grandes pilotos da história (como citamos no post anterior, esses "cobras" começaram por baixo).
O melhor estreante de todos os tempos chama-se Jacques Villeneuve. Sim, o filho do Gilles, que amargou o limbo na Sauber e na Renault, virou cantor, foi correr nos EUA, etc. Ele mesmo.
Há mais de um ano, quando Hamilton começava seu sucesso já tendo conquistado nove pódios em suas nove primeiras corridas, o GP Total pôs no ar o artigo que comparava as carreiras de Fernando Alonso e Nelson Piquet em suas oposições com pilotos ingleses em equipes também da Inglaterra (Lewis e Mansell, respectivamente).
Naquele artigo, foi apontado que Lewis Hamilton, a exemplo de Villeneuve-filho, não poderia ser tido como gênio antes de construir uma carreira sólida - e, entendemos assim, um título ou a falta dele (vide o grandioso Stirling Moss) não é o que determina a qualidade ou não de uma carreira no automobilismo.
Do mesmo modo, não é porque Hamilton conquistou o campeonato mundial de 2008 (e de maneira não muito gloriosa, diga-se) que, pronto, ele já pode ascender à categoria dos grandes, e fim de papo: pilotos, alguns também ingleses, como Mike Hawthorn, Damon Hill, James Hunt, Denny Hulme, Jody Scheckter ou Alan Jones têm seus nomes inscritos na galeria dos campeões, mas nem por isso são mais importantes que Gilles Villeneuve, Ronnie Peterson ou o já citado Moss.
Mas a questão não é pura e simplesmente afirmar que Hamilton não é um gênio, e sim demonstrar, por fatos, que ele, até agora, fez o mesmo que Jacques Villeneuve fizera em seus dois primeiros anos - aliás, fez até menos. Vejamos.
Jacques Villeneuve estreou na Fórmula 1 em 1996, pela Williams. Logo na sua primeira corrida, o canadense foi pole-position, e liderou a maior parte do GP, até que teve problemas no carro (óleo) e terminou na segunda colocação. Para efeito de comparação, Hamilton marcou o quarto tempo em sua primeira corrida, e foi terceiro colocado. Villeneuve venceria sua primeira corrida logo no quarto GP; Hamilton, demoraria duas corridas a mais: seria o primeiro no Canadá, sexta etapa da temporada 2007.
Ao longo de seu primeiro ano, Hamilton somou mais poles que Villeneuve: o inglês marcou 5, ante 3 do canadense; Em número de voltas mais rápidas em corrida, Jacques obteve mais: marcou o recorde de pista seis vezes, contra duas de Lewis. Já em pódios, Hamilton teve um a mais: 12 a 11 (coincidência ou não, a temporada de 2007 teve uma corrida a mais que a de 1996 - 17 a 16).
Por fim, no quesito vitórias, empate: cada um ganhou 4 corridas. E ambos terminaram como vice-campeões mundiais em seus dois primeiros anos, mas Villeneuve foi totalmente desprezado pela mídia quando se falava que Hamilton foi o "melhor estreante de todos os tempos"...
Acontece que a segunda temporada de cada um foi bem diferente.
Jacques Villeneuve foi campeão mundial, bem como Hamilton. Porém, Jacques venceu 7 corridas das 17 que fizeram parte da temporada, enquanto que Lewis venceu 5 de um total de 18 etapas. Desse modo, Villeneuve tinha, ao final de dois anos, 11 vitórias em 33 GPs (média de 33,3%), ante 9 vitórias em 35 corridas de Hamilton (25,7%). Jacques Villeneuve anotou 10 pole-positions naquele ano, Hamilton, agora, obteve 7, chegando a um total de 12 - uma a menos que Villeneuve, com duas corridas a mais.
Com essa breve amostra, fica apenas uma pergunta no ar: Villeneuve é um gênio/fenômeno também, ou Lewis não é tudo isso que dizem?
Hamilton, não tendo nem superado Villeneuve, já disse ser tão bom quanto Senna e que acredita poder superar os recordes do Schumacher. Alguma coisa está errada!

sexta-feira, 14 de novembro de 2008

Frases do Ano

1- "Sou pequininho diante deles" (Felipe Massa, sobre Fittipaldi-Piquet-Senna, após se tornar líder do mundial) - muito bem, Felipe!

2- "Prefiro chegar em 8º com mil pessoas torcendo pra eu ser o sétimo, do que chegar em primeiro com mil pessoas querendo que eu seja o segundo" (Fernando Alonso, sobre a diferença de equipamento, e ambiente, entre McLaren e Renault) - Alonso venceu duas corridas.

3- "Acho que não consigo mais" (Adrian Sutil, após abandonar o GP de Mônaco na 4ª posição depois de uma batida de Räikkonen) - Sutil jamais se aproximou dos pontos.

4- "Farei 15 pódios seguidos" (Lewis Hamilton, após chegar em 13º lugar no Bahrein, faltando 15 etapas na temporada) - Hamilton não subiu ao pódio em 40 % das corridas seguintes.

5- "Sou tão bom quanto Ayrton Senna" (Lewis Hamilton, definindo seu talento, antes do GP do Japão) - ...



segunda-feira, 10 de novembro de 2008

Top 10 2008

Antes que alguém nos crucifique, chamando de parciais ou coisa do tipo, afirmo que o texto que se segue não é de autoria desse blog. É escrito por Marcio Madeira da Cunha, um grande jornalista, formado em comunicação social e em engenharia mecânica, dono do belo site Última Volta. Ele fez aquilo que chamou de "escolha" dos dez melhores pilotos ao longo de 2008.

O quê os amigos acharam da lista? Façam também as suas...
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Os dez melhores de 2008
por Lucas Giavoni / Márcio Madeira da Cunha


Algumas pessoas enxergam nas listas um estopim para discórdias e que injustiças são cometidas nelas. Há, porém o outro lado, no qual se deve acreditar, de que as listas, ainda que de um modo subjetivo e muito pessoal, tentam, através de argumentos consistentes, mostrar muito além da frieza de uma reles tabela de classificação. Afinal, os resultados, por muitas vezes, não reproduzem fielmente o que se passou em uma temporada.

As listas, por mais que não mudem absolutamente nada o que já se passou, ajudam a clarificar os desempenhos excelentes e tentam justamente fazer jus aos que se esforçaram mais e devidamente mereceram mais reverências por seus feitos durante a temporada, independente de suas posições ao fim do campeonato.

Eis, portanto, a lista dos dez melhores de 2008 do ULTIMAVOLTA.com:

1 – Fernando Alonso (Renault)

Não foram apenas as duas convincentes vitórias, em Cingapura e no Japão, e a consistência de seus resultados durante a segunda metade do ano que levaram o bicampeão Alonso ao topo desta lista. Fernando, na verdade, talvez nem tenha feito sua melhor temporada na F1 em 2008, pois como ele mesmo reconheceu, a ânsia por resultados imediatos o levou a “superpilotar” o carro nas primeiras provas do ano. Porém, basta comparar o desempenho do sofrível R28 do início da temporada com o carro vencedor que rivalizou com Mclaren e Ferrari nas últimas provas, para entender por que Alonso ainda está numa classe à parte na Formula 1.

O que dizer de um piloto que vai para uma equipe em franca decadência e consegue ser o maior pontuador das últimas oito provas? E que ainda massacra o jovem e promissor companheiro de equipe, Nelsinho Piquet, com 18 X 0 nas qualificações? Sim, Alonso ainda é o piloto mais completo da Formula 1: naturalmente rápido, técnico, consistente e portador de uma sensibilidade sem igual para trabalhar com os engenheiros no acerto e em melhorias para o carro, sendo peça fundamental no crescimento da Renault ao fim do ano. Só Ron Dennis, em sua habitual arrogância, para não dar o braço a torcer. É bom lembrar que na tabela, Alonso ficou na frente de seu substituto na McLaren, o decepcionante Heikki Kovalainen, que teve nas mãos um carro vencedor por todo o ano.

2 – Sebastian Vettel (Toro Rosso-Ferrari)

O novato mais impressionante desde Jean Alesi. A diferença em relação ao francês, porém, é que Vettel tem estirpe de campeão. Venceu em sua primeira temporada completa, logo em Monza, sob condições inacreditáveis, e comemorou como se fosse tudo muito natural. Talvez fosse mesmo, dado seu inacreditável talento. Foi sem dúvida uma exibição de gala, irretocável. Ninguém, em sã consciência, diria que ao volante daquela mediana Toro Rosso, guiando como se campeão do mundo fosse, estaria um ‘moleque’ de apenas 21 anos.

Junte-se à performance incrível na Itália outras boas exibições na chuva em Mônaco, Bélgica e Brasil, além de outras excelentes corridas no seco, como em Cingapura, e então teremos a certeza de que Vettel tem um futuro brilhante, com uma convicção como há muito não se tinha.

3 – Robert Kubica (BMW Sauber)
A pilotagem de Kubica foi, em si, tão boa quanto a de Alonso ou Vettel, e foi coroada com uma merecida vitória no Canadá, que exorcizou sua terrível batida no ano anterior. Sempre muito consciente das limitações do carro, jamais forçou além dos limites, e poucas vezes guiou abaixo deles. Se olharmos a tabela de pontuação e levarmos em conta o equipamento que teve em mãos, então Kubica foi o mais impressionante dentre os pilotos que efetivamente disputou o título.

Com tantos predicados, o polonês não lidera esta tabela justamente pelo mesmo motivo que deu o topo a Fernando Alonso. Pois enquanto o espanhol foi capaz de motivar a equipe e orientar o desenvolvimento da Renault, Kubica viu-se ao volante de um carro cada vez mais lento e defasado. Mas, afinal, talvez seja demais esperar tanto poder de mobilização de alguém que tem pouco mais de duas temporadas na F1. Kubica está apenas começando, e vai muito bem.

4 – Felipe Massa (Ferrari)

Campeão moral é algo que não existe. O que existe, sim, é a maturidade de Massa. Sua hiper-motivação durante o ano, contrastando com a anemia crônica de Kimi Räikkönen, o fez líder da Ferrari e maior vencedor de provas durante o ano (Bahrein, Turquia, França, Europa, Bélgica e Brasil). Sempre combativo, Felipe fez também algumas das mais belas manobras de ultrapassagem do ano, no Canadá (sobre Barrichello e Kovalainen) e uma inesquecível largada na Hungria, se impondo à dupla da McLaren. Além disso, teria sido campeão conforme o antigo sistema de pontuação que valorizava mais as vitórias, e foi quem teve a melhor posição média de largada em todo o ano.

A evolução de Felipe foi notável durante a temporada – não apenas como piloto, mas também como homem. Depois de um início muito ruim e difícil, com duas provas sem pontuar, Massa cresceu com a pressão, e fez pelo menos uma dúzia de provas irrepreensíveis. Foi prejudicado por erros da equipe em Mônaco, no Canadá, e em Cingapura, além da dolorosa quebra na Hungria, naquela que foi sua melhor corrida na Formula 1 até agora. Apesar disso, jamais desistiu ou buscou culpados. Líder também fora da pista, Massa deu ao longo do ano várias lições de comportamento. Apoiou Nelsinho Piquet quando o novato mais precisava, se esquivou de comparações com Fittipaldi, Piquet e Senna, e comprovou o que ele mesmo disse no Brasil: é um cara que já sabe ganhar e sabe perder.

5 – Lewis Hamilton (McLaren-Mercedes)

Muitos podem estranhar a presença do campeão mundial apenas em quinto nessa lista. Campeão mais jovem da história, 5 vitórias no ano e uma ‘estrela’ capaz de rivalizar com a de Schumacher, Lewis não lidera a lista por mais uma vez ter sido um piloto de extremos. Suas vitórias por vezes acachapantes, como a de Silverstone, ainda têm de conviver com erros bizonhos como nos boxes em Montreal, e atitudes inaceitáveis como o empurrão desleal e desnecessário que aplicou a Glock na chuva de Monza, ou a primeira volta que fez em Fuji, em que atrapalhou a largada de meio mundo de pilotos.

A diferença básica de Lewis em relação a Felipe Massa ficou por conta da origem dos pontos perdidos. Pois, enquanto o brasileiro foi muito prejudicado por erros da equipe, Hamilton os jogou fora por conta própria. Errou no momento decisivo do campeonato, permitindo que Vettel o superasse em Interlagos, e a partir de então teve que contar com muita sorte para chegar ao título, que veio de presente na última curva. Por outro lado, foi sempre muito rápido e mostrou que é capaz de liderar a McLaren sem Alonso. Um enorme talento, que foi campeão mesmo estando ainda longe da maturidade.

6 – Jarno Trulli (Toyota)

Osso duro de roer, o bom e velho Trulli foi um verdadeiro guerreiro ao longo de todo o ano. Com a experiência de quem tem duas centenas de GPs nas costas e uma vontade de principiante, o italiano conjuga uma das melhores combinações de rapidez e bravura de todo o grid. A terceira colocação na França foi a recompensa para uma temporada de muita luta, na qual ele pontuou em nada menos que dez corridas.

A Toyota sabe que pode contar com a arte refinada de Trulli em seu incansável projeto de ser uma equipe vencedora. Se esse estágio um dia for alcançado, o time nipônico terá no italiano uma peça fundamental.

7 – Rubens Barrichello (Honda)

Um ‘garoto’ aos 36 anos de idade, Barrichello viveu certamente seu melhor ano na Honda. Quebrou o importante recorde de participações em GPs, marcou 11 pontos contra apenas 3 de Jenson Button, completou 51 voltas a mais que o companheiro, liderou por sete voltas no Canadá e fez milagre na pista molhada de Silverstone, levando um carro impossível a um pódio inacreditável.

Porém, ainda mais importante que os resultados foi ver que Rubens realmente tentou. Em várias ocasiões, como no próprio GP Brasil, acabou se atrasando em virtude dos riscos assumidos, muitas vezes em apostas típicas de quem jamais se conformou. Além disso, mais uma vez, não cometeu erros. Continua a ser um dos melhores pilotos da Formula 1, mesmo que muitos não enxerguem isso.

8 – Timo Glock (Toyota)

Tendo corrido apenas quatro provas em 2004 pela saudosa Jordan (e marcando dois pontos), Glock foi praticamente um estreante neste ano. Sua pilotagem imprecisa no começo, que lhe rendeu acidentes e atrasos, logo deu lugar a uma tocada bastante rápida e consistente, levando rapidamente o alemão aos pontos e ajudando a Toyota a rivalizar com a Renault pelo posto de quarta força do campeonato.

O convincente segundo lugar conseguido na Hungria, prova em que segurou a forte Ferrari de Kimi Räikkönen e foi superior ao seu companheiro Trulli, além de suas boas exibições no Canadá em Cingapura, justificam seu lugar nesta lista.

9 – Nick Heidfeld (BMW Sauber)

Heidfeld é um dos pilotos mais subestimados do grid. OK, durante o ano ele não foi tão rápido quando seu companheiro Kubica, mas demonstrou suas qualidades ao ser o único a completar todas as provas. Dos 5482 quilômetros de toda a temporada, Heidfeld fez 5464 ou 99.68%, um número notável. Quando a BMW conseguiu rivalizar com Ferrari e McLaren pelo campeonato de Construtores, lá estava Heidfeld, marcando pontos importantes.

Também vale mencionar sua genial volta final no GP da Bélgica, quando resolveu, de última hora, colocar pneus intermediários e ultrapassou quatro carros para receber a bandeirada em terceiro lugar, que depois da punição a Hamilton, transformou-se em segundo lugar – e Heidfeld foi o piloto que mais conquistou essa posição durante o ano.

10 – Adrian Sutil (Force India-Ferrari)

Mesmo com a impraticável Force India, que lhe rendeu o posto de piloto com mais problemas de confiabilidade de equipamento, Sutil demonstrou suas qualidades em alguns treinos livres, como em sua primeira posição no primeiro treino em Monza. Foi, sempre que possível, mais rápido que seu experiente colega Giancarlo Fisichella, teórico líder da equipe.

A inclusão de seu nome nesta lista, porém, se justifica por ter ficado muito próximo de realizar um verdadeiro milagre em Mônaco, quando sustentava uma fantástica quarta colocação debaixo de chuva a poucas voltas do fim, até ser abalroado por um estabanado Kimi Räikkönen. Sutil saiu chorando do carro. Qualquer um choraria.

sábado, 8 de novembro de 2008

Se ele pega a Renault antes...

Depois das notas do GP Brasil, refizemos as contas desde o GP da Hungria - quando começamos a avaliar os pilotos -, oito últimas etapas, e temos o seguinte ranking:

1º) Alonso, média de 8,406;
2º) Massa, média de 7,901;
3º) Hamilton, média de 7,625;
4º) Vettel, média de 6,937;
5º) Raikkonen, média de 6,532;
6º) Kubica, média de 6,437.

E o mais curioso de tudo isso, é notar que a tabela real, a dos pontos, é muito semelhante às notas que nós atribuímos por aqui. Vejamos:

1º) Alonso, somando 48 pontos (5+0+5+5+10+10+5+8);
2º) Massa, somando 43 pontos (0+10+10+3+0+2+8+10);
3º) Hamilton, somando 40 pontos (4+8+6+2+6+0+10+4);
4º) Vettel, somando 29 pontos (0+3+4+10+4+3+0+5);
5º) Kubica, somando 27 pontos (1+6+3+6+0+8+3+0);
6º) Raikkonen, somando 24 pontos (6+0+0+0+0+6+6+6);

A única diferença da tabela verdadeira de pontos para a do F1 Critics foi na 5ª e 6ª posições, numa inversão Kubica-Kimi: Raikkonen somou três pontos a menos que Robert, sendo que dois deles foram no GP da China onde Kimi teve de ceder passagem à Massa, caindo de segundo para terceiro. Ademais, uma quebra em Valência (andava em sexto) explica essa diferença.
Muito mais do que tentar mostrar a coerência entre o campeonato e nossa avaliação, queremos que os amigos atentem para o fato de que Fernando Alonso foi o piloto de melhor desempenho nesse período, tanto em números quanto em performance.
Fernando havia somado, até o 10º GP, apenas 13 pontos. Nas últimas oito corridas, somou 48. para efeito de comparação, Massa somou até a etapa da Alemanha (décima) 54 pontos, e contabilizou 43 recentemente. Hamilton teve uma queda maior: até a Alemanha, havia somado 58, e nessas ultimas oito corridas teve quatro dezenas.
A BMW, que vinha sendo a grande sensação do ano, teve uma queda inexplicável e vexatória: Os 27 pontos ganhos por Kubica nessa reta final eram 48, até Hockenhein. E por outro lado, temos o grande talento do mais jovem vencedor de GP da história, Sebastian Vettel: Ele totalizou 35 pontos no certame, mas apenas 6 conquistara até a décima etapa.
Vettel e Alonso foram os responsáveis pelo crescimento de suas equipes, e impuseram o maior massacre numérico aos companheiros de equipe: A Toro Rosso, nos construtores, teve 39 pontos, sendo 35 do alemão! Isso representa 89,7% dos pontos! Alonso ganhou 61 pontos em 80 da Renault, o que traduz-se em 76,25%.
Porém, Sebastian Vettel já assinou contrato e ano que vem substituirá David Coulthard na Red Bull: a Red Bull somou 29 pontos ao longo do ano, sendo 21 deles na conta de Webber, e 8 para o aposentado Coulthard. Sebastian Vettel certamente faria mais negócio ficando na Toro Rosso. Mas deverá apresentar um bom rendimento, sem dúvida.
Já de Alonso, podemos aguardar, pelo menos, um outro postulante ao título de 2009. A Renault, como vimos, superou a BMW em performance, e já pode ser considerada a terceira melhor equipe da Fórmula 1. Olhando para os pontos mostrados, podemos, no mínimo, conferir que Alonso é extremamente regular. E como hoje em dia o regulamento privilegia a consistência...

GP do Brasil - Notas

Massa
Cassio - 10
Dominou o GP completamente, desde os treinos. Nem mesmo o tempo instável foi capaz de abalar seu ritmo.Apesar da perda do título, mostrou saber o caminho das pedras em Interlagos.
Marcel - 10
Pole, vitória, volta mais rápida, Felipe fez tudo o que tinha a seu alcance.
média = 10
Alonso
Cassio - 9
Largou em sexto, chegou em segundo, realizando uma belíssima ultrapassagem por fora em Kovalainen. Fechou com chave de ouro o ano em que mostrou ser o que muitos já sabiam: melhor piloto do grid.
Marcel - 9
Por ter partido do lado sujo, caiu para sétimo na largada, mas isso só fez abrilhantar ainda mais sua corrida, onde superou, sistematicamente, Ferrari e as McLaren, além do endiabrado Vettel. Só não tinha como superar Massa. Além de Kova, bateu Heidfeld na tabela.
média = 9
Raikkonen
Cassio - 6
Chegou a frente de Hamilton, o que lhe bastava para com o jogo de equipe.
Marcel - 6
Podia ter feito muito mais.
média = 6
Vettel
Cassio - 9
De coadjuvante quase virou protagonista na decisão do campeonato. Passou Hamilton no braço nas voltas finais, e na chuva. Grandes expectativas para a próxima temporada.
Marcel - 8
Optou por correr mais leve o tempo todo, e isso o ajudou muito. Mais uma ótima performance.
média = 8,5
Hamilton
Cassio - 5
Jogou o campeonato pela janela no final, mas por uma obra do destino recuperou tudo nos últimos 500 metros.
Marcel - 4
É como já dizia meu pai, "aperta que ele peida!"...
média = 4,5
Glock
Cassio - 6
Só apareceu quando perdeu a posição para Vettel e Hamilton. Mesmo assim, vem atuando com mais consistência.
Marcel - 6,5
Não teve nada de falcatrua, nem de falta de habilidade. Glock se arriscou, conseguiu um sexto lugar com a Toyota. Muito bem.
média = 6,25
Kovalainen
Cassio - 2
Nem para escudeiro o finlandês serviu neste fim de semana.
Marcel - 2
Fraco demais. 7º colocado no mundial, com um companheiro campeão!
média = 2
Trulli
Cassio - 4
Largou bem, mas rodou. Poderia ter conseguido um lugar melhor se tivesse se mantido na pista. De quebra ainda lançou Bourdais para fora. Candidato a substituto de Coulthard.
Marcel - 3
Uma graça no sábado, desgraça no domingo.
média = 3,5
Webber
Cassio - 5
Nada a destacar.
Marcel - 4
Nada a destacar.
média = 4,5
Heidfeld
Cassio - 3
Largou mal e nada mais fez para se recuperar.
Marcel - 3
Irreconhecível em Interlagos.
média = 3
Kubica
Cassio - 1
Pior corrida de sua carreira, com certeza. Ainda tomou uma volta de boa parte do grid.
Marcel - 2
Pelo menos não levou volta do Glock, se recuperando no final. Encerramento de temporada melancólico.
média = 1,5
Rosberg
Cassio - 4
Discreto.
Marcel - 3
Foi irrelevante.
média = 3,5
Button
Cassio - 3
O carro é tão ruim que pegou fogo após a prova!!!
Marcel - 4
Acabou terminando à frente de Rubens...
média = 3,5
Bourdais
Cassio - 5
Quando vinha bem foi jogado pra fora da pista por Trulli. Olha o novo Coulthard aí gente!!!
Marcel - 5
Um piloto muito esforçado, mas acabou o ano devendo...
média = 5
Barrichello
Cassio - 2
Andou muito pouco. Possivelmente, sua última corrida na F1.
Marcel - 1
Se foi mesmo a despedida, sai pela porta dos fundos...
média = 1,5
Sutil
Cassio - 2
Apenas largou pra chegar.
Marcel - 3
Depois que o Raikkonen bateu nele [Mônaco], se me parece que o alemão nunca mais terá outra chance.
média = 2,5
Nakajima
Cassio - 1
Se estranhou com Coulthard na primeira curva. DE NOVO!!! Pelo menos conseguiu completar desta vez.
Marcel - 1
Horroroso.
média = 1
Fisichella
Cassio - 6
Segurou Hamilton por umas boas voltas depois do primeiro pit stop. Realmente é um piloto de maior nível do que o carro.
Marcel - 5
Com carreira muito semelhante à dos contemporâneos Coulthard e Barrichello (números, companheiros de equipe, carros), e apesar de ter vencido menos, é o que está em vias de parar de maneira mais digna.
média = 5,5
Piquet
Cassio - 1
Rodou sozinho na primeira volta. FORA!!! DÊ LUGAR AO DI GRASSI!!!
Marcel - 0,5
Renovaram com o menino, mas foi por um ano, e tem uma cláusula relativa a seu desempenho em 2009... ou seja, nem pensar repetir essa temporada!
média = 0,75
Coulthard
Cassio - 0
"O Demolidor". Como de costume bateu na primeira volta. Mas o pior de tudo foi que não pudemos curtir a nova câmera instalada no seu capacete. Já vai tarde meu amigo.
Marcel - 10
Por ter se aposentado.
média = 5

quarta-feira, 5 de novembro de 2008

Leitura obrigatória

Amigos,

Leiam a coluna de hoje do Eduardo Corrêa, publicada no GP Total, intitulada "Os Deuses Galhofeiros". Absolutamente brilhante resumo do GP Brasil e do que foi a Temporada de 2008. A título de curiosidade, o leitor a quem ele se refere no final do texto é este que vos fala, Marcel Pilatti.

Leiam lá, comentem aqui.

segunda-feira, 3 de novembro de 2008

"Se fosse o Schumacher, isso não acontecia"

Acho muito interessante ouvir o que as pessoas que acompanham Fórmula 1 apenas ocasionalmente têm a dizer após uma corrida, e mais ainda se numa corrida que decide título e com um brasileiro disputando...
Hoje, na fila do ônibus, escutei dois rapazes comentando a derrota de Massa, mas não necessariamente lamentando a perda do título, mas sim enchavando Hamilton de críticas.
E uma delas, a que dá título a esse post, foi a seguinte: "O Hamilton se c... inteiro, ficou morrendo de medo quando o Vettel passou ele; e o Vettel só passou sabe por quê? Porque o Hamilton espalhou! O cara é fraco, não sabe segurar... Se fosse o Schumacher, isso não acontecia!"
Parecia estar transtornado, o rapaz, quando comentava isso. Mas não deixa de ter razão.
O exemplo citado por ele, de Michael Schumacher, faz sentido quando sabemos tudo que o alemão conquistou em sua carreira. Mas o comentário se ateve à situação exclusiva de Hamilton não ter segurado os ataques de Vettel: segundo o amigo, "o Schumacher segurava!".
Hamilton afirmou, em entrevistas, que seus pneus estavam "gastos demais", e que "quase não conseguia manter-se na pista". Afirma, também, que "não lutou contra Vettel porque sabia que sua corrida era contra Timo Glock". Whitmarsh, um dos chefes da McLaren, também afirma isso.
Sem querer alimentar as possíveis teorias conspiratórias, é de no mínimo questionar a tão propalada genialidade de Lewis Hamilton, que agora torna-se o campeão mais jovem de todos os tempos, como já havíamos "previsto" num artigo há coisa de dois meses.
Lewis Hamilton, o único dos 30 campeões da história da Fórmula 1 (talvez devamos descontar os pilotos da década de 50) a estrear no melhor carro do grid.
Onde Schumacher começou? Numa Jordan, indo depois para uma Benetton ainda em ascensão; E Senna? Numa Toleman, carro lá do meio do pelotão. Alonso? Na terrível Minardi; Piquet? num Ensign, depois um McLaren alugado. Prost? na McLaren em seus tempos de escassez. Mansell? numa Lotus decadente. Häkkinen? na Lotus antes de fechar as portas.
Percebe-se, portanto, que os pilotos de maior sucesso nos últimos 30 anos estrearam em equipes que não eram vencedoras e, cada um a seu modo, provaram seus talentos e conquistaram a chance de chegar onde Lewis já começou. E podemos falar dos adversários do piloto, também: Felipe Massa e Kimi Räikkonen iniciaram suas trajetórias na mediana Sauber.
Claro, tem aquele negócio do "se minha tia fosse homem seria meu tio", mas por certo Hamilton não teria chego a esses números começando numa equipe que não fosse a melhor do grid.
Concordam?