segunda-feira, 12 de abril de 2010

42 anos... - parte 3


Nesse que é o último post da série em homenagem a Jim Clark, vimos que ele foi um dos maiores pilotos de todos os tempos, compondo ao lado de Senna e Fangio a santíssima trindade da Fórmula 1. Apesar de ter conquistado "apenas" dois títulos, suas grandes atuações responsáveis por elevá-lo a esta posição. Vamos à algumas delas.

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Bélgica 63

Jim Clark venceu o Grande Prémio da Bélgica de 1963 em Spa-Francorchamps em condições de pista extremamente difíceis: tempo úmido, nebuloso e chuvoso. Depois de iniciar na oitava posição Clark passou todos os carros na frente dele ainda na primeira volta, incluindo o pole Graham Hill. Após 17 voltas, com a chuva caindo mais do que nunca, Clark já havia dado uma volta em todos os pilotos do grid, exceto Bruce McLaren, que chegou quase cinco minutos atrás da Lotus. Esta seria a primeira de 7 vitórias de Clark e da Lotus naquele ano, que ficou marcado como o primeiro título do escocer voador. Vale lembrar que o domínio de Clark na temporada foi tão flagrante que teve uma vitória descartada como um dos seus 3 "piores" resultados.

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Monza 1967

Em 1967 o Grande Prêmio da Itália aconteceu, como de costume, em Monza. Após iniciar na pole, Clark liderava com seu Lotus 49, quando teve um pneu furado. Se nos dias de hoje um pit-stop a mais pode arruinar a corrida de qualquer um, imagine na época em que trocar um pneu significava perder uma volta inteira nos boxes. Foi exatamente o que aconteceu com Clark nos pits. Voltando na 16ª posição, Clark foi escalando o pelotão carro a carro, baixando sucessivamente o tempo da melhor volta da corrida até igualar o tempo da pole (1m 28,5s) recuperando o tempo perdido e voltando à liderança na 61ª das 68 voltas programadas.
Ele estava à frente da Brabham e Surtees quando iniciou a última volta, mas a maior surpresa ainda estava por vir. Durante a parada nos boxes Colin Chapman havia ordenado que retirassem alguns litros de combustível do tanque do carro para que este ficasse mais leve e permitisse à Clark brigar pela vitória. O tiro saiu pela culatra e quando se aproximava da linha de chegada aconteceu a pane seca. Já não restava mais nada que Clark pudesse fazer a não ser cruzar a linha em terceiro no embalo do carro.

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Indy 1965
Em sua vitória nas 500 milhas de Indianápolis, Clark liderou por 190 das 200 voltas, com uma velocidade média de mais de 150 milhas por hora (240 km / h), em um desempenho sem precedentes. Desta forma, tornou-se o primeiro não-americano em quase meio século a ganhar a famosa corrida no circuito oval. E, como dito no primeiro post da série, o único a ganhar essa corrida e o mundial de F-1 no mesmo ano.

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