quinta-feira, 6 de maio de 2010

Senna X Mansell

Ayrton Senna e Nigel Mansell passaram para a história com algumas memoráveis batalhas: a mais lembrada de todas, certamente, é a de Mônaco-1992, onde duelaram pelas 5 voltas finais, Mansell atrás de Ayrton, tentando ultrapassá-lo de todas as maneiras, sem sucesso. O Leão disse que nunca viu "um McLaren tão largo", e que "parecia haver três carros" à sua frente.

Outro grande épico da carreira de ambos foi o GP da Hungria de 1989, reconhecida como uma das maiores vitórias de Mansell depois de Inglaterra-1987. Lá, o inglês protagonizou uma das grandes ultrapassagens da história recente da Fórmula 1.

Mas, conforme prometido, iremos nos focar nos GPs ocorridos na Espanha, e também no maior país da península ibérica houve dois momentos históricos dessa disputa. Por razões distintas, são alguns dos mais importantes da Fórmula 1 recente.

Episódio 1: Jerez/1986

Senna e Mansell disputavam a liderança não somente da corrida mas também do campeonato. Alternaram a primeira colocação, e nas voltas finais, aparecem colados. Na entrada da reta de chegada, Senna está à frente de Mansell...



A diferença de ambos no final foi de apenas 0.014s, o que significa, em termos oficiais, a terceira chegada mais apertada de todos os tempos, somente atrás dos 0.011 de Rubens Barrichello e Michael Schumacher nos EUA-02, e dos 0.01 de Peter Gethin para Ronnie Peterson, na Itália-71.

Porém, podemos entender a disputa de Senna/Mansell como a mais apertada de todos os tempo pelo seguinte: no caso de Barrichello/Schumacher, o alemão cedeu a vitória ao brasileiro, portanto, a chegada foi premeditada; e no caso de Gethin/Peterson, os cronômetros não registravam milésimos, de modo que a diferença pode ter sido de 0.010, mas também pode ter sido 0.019.

Episódio 2: Barcelona/1991

Esse foi o ano em que Mansell e Senna polarizaram suas equipes e o campeonato em torno de si. Senna havia disparado na frente nos primeiros 4, mas a Williams já demonstrava ser o melhor carro, e dominou de modo flagrante pelo menos 8 (da 5ª à 9ª, e da 12ª à 14ª) das doze etapas seguintes.

A grande diferença se dava no motor - não necessariamente na potência, mas no usufruto desta. Naquele dia, a McLaren esboçava uma reação, com Berger na pole e Senna (3º) ultrapassando Mansell (2º) logo na largada. Porém, problemas de estratégia reduziram a vantagem da McLaren a pó, e na grande reta Mansell entrou colado em Senna...

Nenhum comentário: