"A McLaren está morta". Parafraseando o início de "Assim Falava Zaratustra", de Nietzche, declaramos aqui que a equipe McLaren-Mercedez está enferma. Como já mostrado no post anterior, aquele "meio segundo" (ou seis décimos?) que Alonso afirmou ter trazido para a equipe inglesa - e todo mundo julgou ser apenas chororô (é assim que fala?) do espanhol - agora estão sendo refletidos: a equipe é apenas a 3ª no mundial de construtores, e mesmo em pistas onde ano passado foi bem, esse ano está indo mal.
Mas o nosso decreto/profecia sobre a "morte" da McLaren se refere ao GP da França: Lewis "melhor que Alonso" Hamilton marcou o terceiro tempo hoje, mas, devido à atrocidade cometida em Montreal, partirá do 13º posto. Já Heikki Kovalainen, que fez o 5º tempo, partirá em 10º, após ter atrapalhado a melhor volta de Mark Webber, ainda na 2ª parte dos treinos. Esperava-se que, para quem precisa, Hamilton conseguisse a pole, partindo em 11º, mas as Ferrari estavam muito melhores, e chegam à pole de número 200 de sua história.
E essa marca foi conquistada por... Kimi Räikkönen! O finlandês bota ordem na casa, e parte em 1º, com Felipe Massa ao seu lado. Felipe teve boas chances de conseguir a 1ª posição, mas, nas palavras de Galvão "sabe tudo" Bueno, foi "aquela travadinha no dianteiro esuqerdo" que o fez perder a melhor volta. Com isso, Raikkonen, que ficaria mais leve, abdicou da 2ª tentativa, e agora parte com a mesma gasolina de Felipe...
Na terceira colocação, o já não tão surpreendente - alguém ainda se surpreende ao vê-lo tirando leite de pedra? - Fernando Alonso, com a cadeira elétrica da Renault. Nelsinho Piquet, cometa a proeza de largar em 9º, devido às punições, das McLaren, fazendo, até então, seu melhor GP na F1. Kubica, líder do mundial, partirá em 5º, também beneficiado pelas punições.
Interessante calcularmos o Mundial.
1- Kubica, 42;
2- Hamilton, 38;
3- Massa, 38;
4- Raikkonen, 35
Pelas posições do grid, isto é, sem alterações, ficará assim:
1- Massa, 46 (2 vitórias);
2- Kubica, 46 (1 vit.) ;
3- Raikkonen, 45 (3 vits.);
4- Hamilton, 38 (2 vits.)
É importante notar que Raikkonen, Alonso e Kubica partem do lado limpo da pista, tendo, teoricamente, vantagem sobre os pilotos das posições pares (Massa e Trulli). Ano passado, foi isso que ajudou a garantir a vitória de Raikkonen: o finlandês partiu em terceiro, e logo na largada passou Hamilton, segundo. Depois, no pit stop, deu o bote em Felipe Massa.
E amanhã?...
2 comentários:
Parece que o Kimi acordou eim? E sobre a travadinha, acho que a travadinha chegou a ajduar o Massa, visto que no setor anterior ele estava mais de 1 décimo atras do tempo do Raikkonen, e após a travadinha ele cehgou a 41 centécimos. Os cotovelos da pista francesa exigem que a freada seja o mais tarde possível, e o pneu fritando é indício que ele freiou além do ponto normal, ganhando assim alguns centésimos.
Sobre Alonso, no fim do Q2 eu podia apostar que ele iria botar um bafo de gasolina no carro e fazer a pole, mais como uma formad e mostrar que ele ainda é o Senhor das Pistas na F1 atual, de acordo com a classificação criada por Eduarco Corrêa. Porém, largando da terceira posição, podemos afirmar que ele deve estar com o mesmo nível de gasolina das Ferraris, e largando do aldo limpo da pista, pode dar o bote em Massa logo na segunda curva.
Anotem: amanhã Alonso assume a segunda posição entre a segunda e a terceira curva (ambas para a direita).
Para a vitória, aposto em Kimi, com Massa completando o pódio em terceiro, e acredito ser um pódio mais do que justo. Kubica certamente ganhará a posição da Toyota à sua frente, garantindo mais um 4º lugar e 5 pontos no bolso, como tem feito durante todo o campeonato. E a história não nos deixa mentir, é plenamente possível ser campeão do mundo com apenas uma vitória, vide Keke Rosberg (não confundir com o filho NICO).
Finalmente, o circuito de Magny Cours é um dos mais legais e seletivos da temporada, apesar de muitos não gostarem devido à falácia da falta de pontos de ultrapassagem. Na verdade, a pista têm diversos pontos de ultrapassagem, especialmente nos cotovelos. Além disso, tem uma série de curvas de média e alta velocidade, o que torna o equilíbrio aerodinâmico muito importante. Talvez esta falta de equilíbrio tenha prejudicado a Honda neste fim de semana, depois do fantástico GP de Rubens no Canadá.
É isto, aguardemos a corrida.
Abraços
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