terça-feira, 16 de março de 2010

E o capacete, Bruno?

O que dizer da estreia de Bruno? O carro me parece ser pior que a Minardi dos idos de 2001, 02... Como cobrar de qualquer piloto um resultado minimamente decente estando ele a bordo de tal cadeira elétrica? Mas já podemos ouvir, nas ruas, alguém dizendo "é só marketing" ou "nunca será igual ao tio".
Durante a transmissão do GP do Bahrain ocorreu uma situação curiosa. Galvão Bueno, ao ver Bruno abandonando, comentou do "olhar na viseira", etc, em referência a Ayrton. Pouco depois, o repórter Carlos Gil foi conversar com o piloto e, após as explicações deste, foi incumbido por Bueno de perguntar a Bruno sobre a "emoção da estreia" - pergunta essa que, todos sabem, nada tinha a ver com fatores técnicos ou satisfação pessoal.
A resposta de Bruno em nenhum momento citou Ayrton, e se ateve somente às questões de pista. Se, por um lado, devemos considerar que a questão transmitida pelo repórter não teve o mesmo tom da originada pelo narrador, por outro não podemos deixar de notar esse desejo de Bruno em se distanciar das comparações.
Talvez ele o tenha feito por perceber que a comparação só pode prejudicá-lo (com frases como as do início). Mas, antes de entrar na Fórmula 1, talvez ele pensasse diferente:


Seria melhor que Bruno agisse no estilo Ed Motta, que sabe que a fama conquistada advém em grande parte por conta de seu tio, Tim Maia, mas que nunca toca em seu nome, ou como Simoninha e Max de Castro, que têm suas carreiras mas não hesitam em ir a programas somente para cantar as músicas do pai, Wilson Simonal?

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