segunda-feira, 22 de março de 2010

50 anos... - parte 3

Essa imagem, dessa forma, eu nunca tinha visto. A foto publicada logo abaixo é do encontro de Ayrton Senna e Juan Manuel Fangio, no Grande Prêmio do Brasil de 1993, e faz parte do acervo de Paul-Henri Cahier, um dos principais fotógrafos da história da Fórmula 1. Um belo presente de aniversário.
Os maiores de todos
Não posso tirar da cabeça, o acidente que levou aquele que eu considero o mais digno de meus sucessores e o único capaz de superar meu recorde de 5 títulos. O assunto dá voltas em minha cabeça e tenho de pensar na fatalidade como causa desta tragédia. Senna era o piloto mais seguro que vi em minha vida, razão pela qual descarto, completamente, a hipótese de o acidente ter sido um erro dele. Ele não era de ter medo, e penso que, se tinha dúvidas antes da corrida, era porque, tecnicamente, seu carro não estava à altura da Benetton de Schumacher, e teria de se arriscar muito. São coisas que ninguém pode saber, e que Senna levou consigo. Essas coisas que os corredores só falam com o travesseiro, porque não conseguem transmitir a ninguém. Coisas que Ayrton e eu sabíamos, um do outro, sem nunca termos conversado à respeito, pois foi assim que nos entendemos desde o primeiro momento: Poucas palavras, mas muito carinho. Sua partida foi um grande golpe, nunca a morte de um colega me afetou tanto!
(Juan Manuel Fangio, maio de 1994)

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