terça-feira, 30 de março de 2010

"Bonita camisa, Fernandinho!"

Não entendi - nem deu pra ouvir direito, na verdade - o que foi dito por eles, mas por aqui podemos imaginar a tônica da breve conversa...

segunda-feira, 29 de março de 2010

GP da Austrália - Comentários

Mais uma vez, recomendamos àqueles que quiserem uma cobertura decente e detalhada sobre a corrida da Austrália uma visita ao Última Volta.
Tivemos vários destaques nesse memorável GP. Vamos ao "Top 5" dos pilotos.
- Robert Kubica foi, do ponto de vista "posições ganhas" e também sob a ótica "o que fazer com esse carro?", o melhor de todos os 24 que alinharam em Melbourne.
Ele entrou pra galeria de Vettel (Monza-2008) e Fisichela (Bélgica-2009) como um dos poucos que conseguiram inverter de ponta-cabeça o fator carro na Fórmula 1 pós-2000. Corridaça.
Sua largada já foi algo impressionante, dado o número de posições que conquistou naquele pequeno espaço de tempo. Além disso, é sempre importante lembrar que Kubica obteve o pódio em seu segundo GP pela Renault, quando, nas últimas temporadas, a equipe só conseguiu chegar entre os três primeiros a partir de setembro.
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- Jenson Button foi o vencedor, e naturalmente deve ser destaque.
Quando Button colocou pneus lisos - salvo engano, ele foi o primeiro a fazê-lo - estava indo para o 8 ou 80: todas as outras equipes estavam de olho no que aconteceria com o inglês e a partir disso repetiriam sua ação ou não. Ao sair dos boxes, o atual campeão mundial deu uma breve escapada, mas logo em seguida demonstrou que vinha para vencer. E todo mundo foi aos boxes.
Pouco antes disso, Hamilton o havia superado, e poucos foram os que não pensaram que Button estava passando a ser destruído pelo compatriota. No entanto, logo veio a estratégia, o brilho, e a vitória. Como afirmou Marcio Madeira no UV, "Digam o que quiserem sobre Jenson Button. Menos que ele não tem coração de campeão".
Quero comentar, também, o fato de que os cronômetros mostravam fulano sendo mais rápido que Button, mas a tocada do inglês continuava a mesma. Ele precisava acelerar mais? Não. Se precisasse, tenham certeza de que aquela diferença não seria a mesma.
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- Felipe Massa também teve uma largada sensacional - talvez melhor que a de Kubica -, passando três pilotos.
Entretando, o narrador quis a todo custo que crêssemos em duas coisas: 1) Felipe foi o piloto mais pressionado em todo o GP; 2) A Ferrari foi a culpada da perda de "x" posições - ou seja, de um eventual segundo lugar, até mesmo da vitória. Não foi isso o que aconteceu.
No decorrer da prova, Massa teve pouco brilho, mas foi competente para responder à altura quando era ameaçado, ou mesmo para buscar as posições perdidas (ele e Webber alternaram várias vezes).
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- Fernando Alonso foi responsável pelo "heartbeating" do final da prova. Não bastasse a imensa quantidade de posições ganhas (muitas, uma obrigação), o desempenho do espanhol nas últimas 9 voltas, especialmente naquelas em que controlou Hamilton, justificou o regulamento sob o ponto de vista "trazer emoções", como querem os dirigentes.
Uma aposta arriscada feita pela Ferrari (não trocar mais os pneus), que talvez fosse por água abaixo tivessemos ali outro piloto que não o bicampeão mundial. O mais importante foi a mudança de trajetória em pontos e momentos decisivos para que Hamilton "adiasse" o seu bote.
E a freada tardia na curva que culminou na batida de Webber em Hamilton foi digna de dizer que a F1 está voltando aos velhos tempos: confesso que a primeira lembrança que tive quando vi a manobra do espanhol foi a de Nelson Piquet, também na Austrália, 20 anos antes.



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- O quinto e último grande destaque entre os pilotos foi o supracitado Lewis Hamilton. Sua decepcionante classificação no sábado (nem chegou ao Q3) foi totalmente esquecida com sua ótima apresentação. Cada vez mais Hamilton se confirma como o mais espetacular dos atuais pilotos, embora isso nem sempre signifique qualquer superioridade.
Aliás, é importante destacar aquilo que Eduardo Corrêa comentou certa vez, no início da temporada, sobre Button ter uma condução mais suave que a de Lewis. Arrisco dizer que a McLaren é, em termos de pilotos, a equipe mais heterogênea.
Ao fim e ao cabo, Hamilton realizou as melhores ultrapassagens do GP (sobre Rosberg, por exemplo) e o acidente que fê-lo perder uma posição ao final não foi sua culpa.
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Gostaria de fazer outros comentários, um geral e outro específico.
O primeiro é em relação a algo que tem se tornado uma espécie de necessidade na F-1 atual: elogiar Sebastian Vettel. Não o vejo, ainda, como um gênio. Acredito que ele ainda tem muito que mostrar, principalmente na sua postura: não o culpo pelos problemas enfrentados no Bahrein e na Austrália que, oficialmente, foram todos de ordem mecânica: me refiro ao "eles vão ver" de sábado.
O piloto já está em sua terceira temporada completa. Portanto, já está na hora de dosar suas declarações e euforia. Que me chamem de recalcado, etc, mas é o que penso. Um grande campeão não é feito só de velocidade.
E o meu segundo comentário é sobre outro alemão, o maior deles, Michael Schumacher.
Li hoje que a imprensa europeia está pichando o piloto. Foram apenas duas corridas, numa delas ele teve desempenho discreto, e em outra foi apagado, é verdade. Mas tudo isso faz parte de seu período de readaptação, e eu creio firmemente que ele ainda irá melhorar muito, pois sua maior característica ao longo da carreira foi a tenacidade.
Por enquanto, mantenho a "aposta" que fiz ao final do ano passado, quando do anúncio de sua volta.
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E falando em Schumacher, o acidente que fez com que ele e Alonso fossem para o fim do grid, e que causou a perda de alguns postos a Button, lembrou muito aquele do início da temporada 1989: em Jacarepaguá, Senna, Berger e Patrese se envolveram em batida semelhante à da Austrália:



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A Fórmula 1 parece estar, aos poucos, voltando às suas grandes épocas. Por fim, pode-se dizer que essa prova foi a melhor desde a lendária Interlagos-2008. E que venha a Malásia.

quinta-feira, 25 de março de 2010

GP da Australia - 2nd Preview

Podia ser um pra série "Do Baú", mas já que estamos a falar da corrida da Austrália...

No video a seguir, temos George Harrison - o grande guitarrista dos Beatles - em entrevista a Jackie Stewart antes do lendário GP australiano de 1986. Uma pena que não tenha legendas, mas Harrison diz algumas frases geniais, como ao comparar artistas do rock com pilotos: ele diz que as duas 'classes' são "muito parecidas" pois ambos "vivem para o agora" e "não se importam com o resto". E completou dizendo, bem-humorado, que "morrem mais roqueiros do que pilotos".

Harrison sempre foi um entusiasta da F-1: em 1979, ele compôs a canção "Faster" (mencionada na entrevista e usada como fundo musical), que tem os versos: "mais rápido que uma bala de revólver". Além disso, era amigo pessoal de Emerson Fittipaldi.

quarta-feira, 24 de março de 2010

GP da Austrália - Preview

Nesse fim-de-semana, no circuito de Albert Park, acontecerá o Grande Prêmio da Austrália de Fórmula 1, o 26º da categoria naquele país. A primeira corrida de F-1 por lá aconteceu em 1985, com pole de Ayrton Senna e vitória de Keke Rosberg.
Desde então, tivemos diversos vencedores, mas o que mais faturou troféus de primeiro lugar foi Michael Schumacher, com 4 vitórias. Depois, vêm Prost, Berger, Senna, Hill e Coulthard, todos com dois triunfos. Dos outros atuais, Alonso, Hamilton e Button já venceram o GP.
Estive olhando o histórico e, desde 1996 (quando a etapa australiana saiu de Adelaide e foi para Melbourne), apenas em 1997, 2003 e 2005 o ganhador desta etapa não foi vencedor ou vice na respectiva temporada. Mais: das últimas 10 provas, em 8 o primeiro colocado foi campeão mundial ao fim do ano.
Mera coincidência?...
Em todo caso, embora oficialmente o GP da Austrália só tenha sido adotado em meados dos anos 80, lá acontecem provas importantes desde 1928. A Austrália é um país representativo na Fórmula 1: além de contar com a presença de Mark Webber, o país formou dois campeões mundiais que somam 4 títulos: Jack Brabham (1959-60-66) e Alan Jones (1980).
Pesquisando no Youtube, encontrei esse excelente video de uma etapa da Tasman Series, de 1969, em Lakeside. Pilotos do mais alto nível da época, como o então campeão mundial Graham Hill, participaram. A prova foi vencida pelo lendário Chris Amon, dirigindo uma Ferrari.
Amon é muito reconhecido pelo seu amplo talento mas, infelizmente, terminou sua carreira sem jamais ter conquistado uma vitória na F-1, embora marcasse 5 poles e 3 melhores voltas. Passou para a história como o "mais azarado de todos os tempos".

terça-feira, 23 de março de 2010

50 anos... - parte 4

Para encerrar as homenagens ao cinquentenário de Ayrton Senna, a coluna "50 anos", publicada hoje no GP Total. Além de comentários sobre o piloto, outras notícias e fatos relacionados ao mundo da F-1, muitos deles já mencionados aqui no blog.
Ayrton Senna, Fangio e Jack Brabham: 1991.

segunda-feira, 22 de março de 2010

50 anos... - parte 3

Essa imagem, dessa forma, eu nunca tinha visto. A foto publicada logo abaixo é do encontro de Ayrton Senna e Juan Manuel Fangio, no Grande Prêmio do Brasil de 1993, e faz parte do acervo de Paul-Henri Cahier, um dos principais fotógrafos da história da Fórmula 1. Um belo presente de aniversário.
Os maiores de todos
Não posso tirar da cabeça, o acidente que levou aquele que eu considero o mais digno de meus sucessores e o único capaz de superar meu recorde de 5 títulos. O assunto dá voltas em minha cabeça e tenho de pensar na fatalidade como causa desta tragédia. Senna era o piloto mais seguro que vi em minha vida, razão pela qual descarto, completamente, a hipótese de o acidente ter sido um erro dele. Ele não era de ter medo, e penso que, se tinha dúvidas antes da corrida, era porque, tecnicamente, seu carro não estava à altura da Benetton de Schumacher, e teria de se arriscar muito. São coisas que ninguém pode saber, e que Senna levou consigo. Essas coisas que os corredores só falam com o travesseiro, porque não conseguem transmitir a ninguém. Coisas que Ayrton e eu sabíamos, um do outro, sem nunca termos conversado à respeito, pois foi assim que nos entendemos desde o primeiro momento: Poucas palavras, mas muito carinho. Sua partida foi um grande golpe, nunca a morte de um colega me afetou tanto!
(Juan Manuel Fangio, maio de 1994)

domingo, 21 de março de 2010

50 anos... - parte 2

Aqui no F1 Critics sempre procuramos ser um pouco mais comedidos nas homenagens, não porque achemos que elas não são devidas (pelo contrário, nunca serão suficientes), mas pelo fato de que não queremos embarcar "na onda" - vocês sabem do que estamos falando.
Ano passado, celebrando a década e meia de sua morte, fizemos um post singelo. E hoje, comemorando aquele que seria seu aniversário de meio século, manteremos o foco na simplicidade.
Há uma belíssima música argentina, "Corazón Libre", que diz o seguinte: "Durar não é estar vivo / Viver é outra coisa".

sábado, 20 de março de 2010

50 anos...

Próximos daquele que seria o 50º aniversário de Ayrton Senna, aproveitamos para recomendar-lhes o especial "A Batalha do Século XX", do nosso site irmão Última Volta.
É um trabalho excepcional, realizado por Márcio Madeira da Cunha, que narra os principais episódios da maior rivalidade da Fórmula 1 moderna: Senna X Prost.
Marcio narra tudo desde a chegada de Senna na McLaren até o fatídico GP do Japão de 1989. E fica aqui a nossa "cobrança" (no bom sentido) por atualizações mais constantes.
Aproveito para deixar-lhes um video com aquele que foi o último duelo entre os dois: a corrida de Kart, em Bercy, 1993. Antológico.

sexta-feira, 19 de março de 2010

"Reclamation"

Achei essa imagem no blog "Contra a Correnteza". Não é necessário fazer qualquer comentário...

quinta-feira, 18 de março de 2010

Do Baú... - Parte 6

No último fim de semana, houve uma reunião dos campeões mundiais vivos: destes, somente Nelson Piquet e Kimi Raikkonen não estiveram presentes. Por motivos diferentes, mas por uma mesma razão: ambos querem distância da Fórmula 1 e de tudo que se relacione a ela.
No entanto, para mim, uma ausência foi a mais notável, e não falo somente da presença física nesse encontro: ele deveria estar entre os campeões do mundo. Não está porque corria contra Fangio. Eu falo, é claro, do grande Stirling Moss.
Semana passada soube da notícia de que ele sofreu uma queda em sua casa, quando saía do elevador. Moss já está com 80 anos, e nessa idade tais situações demandam um maior tempo de recuperação. O genial piloto deixou uma mensagem a seus fãs, agradecendo pelo carinho.
Aproveitando a oportunidade, deixo aqui imagens raríssimas e belíssimas de Moss, três anos depois de deixar a categoria máxima do automobilismo, que explicam o porquê de eu considerá-lo "o campeão que a F1 não teve".



GÊNIO!

terça-feira, 16 de março de 2010

E o capacete, Bruno?

O que dizer da estreia de Bruno? O carro me parece ser pior que a Minardi dos idos de 2001, 02... Como cobrar de qualquer piloto um resultado minimamente decente estando ele a bordo de tal cadeira elétrica? Mas já podemos ouvir, nas ruas, alguém dizendo "é só marketing" ou "nunca será igual ao tio".
Durante a transmissão do GP do Bahrain ocorreu uma situação curiosa. Galvão Bueno, ao ver Bruno abandonando, comentou do "olhar na viseira", etc, em referência a Ayrton. Pouco depois, o repórter Carlos Gil foi conversar com o piloto e, após as explicações deste, foi incumbido por Bueno de perguntar a Bruno sobre a "emoção da estreia" - pergunta essa que, todos sabem, nada tinha a ver com fatores técnicos ou satisfação pessoal.
A resposta de Bruno em nenhum momento citou Ayrton, e se ateve somente às questões de pista. Se, por um lado, devemos considerar que a questão transmitida pelo repórter não teve o mesmo tom da originada pelo narrador, por outro não podemos deixar de notar esse desejo de Bruno em se distanciar das comparações.
Talvez ele o tenha feito por perceber que a comparação só pode prejudicá-lo (com frases como as do início). Mas, antes de entrar na Fórmula 1, talvez ele pensasse diferente:


Seria melhor que Bruno agisse no estilo Ed Motta, que sabe que a fama conquistada advém em grande parte por conta de seu tio, Tim Maia, mas que nunca toca em seu nome, ou como Simoninha e Max de Castro, que têm suas carreiras mas não hesitam em ir a programas somente para cantar as músicas do pai, Wilson Simonal?

domingo, 14 de março de 2010

GP do Bahrain - Comentários

Não vamos aqui falar sobre os acontecimentos da corrida: isso fica (muito) bem no comando dos amigos Lucas e Márcio, do Última Volta. Iremos comentar outros fatores.

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Um dado chama a atenção: Alonso fez o melhor tempo no terceiro treino livre, e no Q1 da classificação. Foi, também, o autor da melhor volta do da prova. Vettel marcou o melhor tempo no Q2 e no Q3, ao passo que os motores Mercedes foram as comandantes dos dois primeiros treinos livres (Nico Rosberg, Lewis Hamilton, Michael Schumacher e Jenson Button, nessa ordem).

Não sei em que medida isso pode explicar os desempenhos de hoje, mas é possível ver um padrão: o Q1 geralmente é onde os carros atingem os melhores tempos do fim-de-semana, e o treino livre de número 3 normalmente é o que melhor "simula" as condições de um GP.
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Estatísticas de Fernando Alonso:

1) Como dissemos na sexta-feira, Alonso já havia vencido no Bahrain outras duas vezes, e com esta torna-se o maior vencedor dessa recente etapa.

2) Ele tornou-se apenas o terceiro piloto a vencer pela Ferrari em seu primeiro GP: antes dele, Nigel Mansell (no Brasil, em 1989) e Kimi Raikkonen (na Austrália, em 2007) conquistaram o feito.

Kimi, no ano citado, e Jody Sheckter, em 1979, são os únicos a vencerem o 1º campeonato pela Ferrari.

3) Alonso conquistou sua 22ª vitória na F-1, o que o coloca ao lado de Damon Hill. O espanhol e o britânico aparecem na 10ª posição geral na estatística dos vencedores de todos os tempos: Piquet (23), Fangio (24), Clark e Lauda (25), Stewart (27), Mansell (31), Senna (41), Prost (51) e Schumacher (91) vêm à frente.

Até onde ele chegará?...

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A vitória de Alonso e a pole/liderança de Vettel confirma os testes de pré-temporada: Ferrari e Red Bull estão um passo à frente das rivais. A performance da equipe austríaca, porém, fica comprometida pelo desempenho apagado de Webber e pelo problema mecânico enfrentado por Vettel. Por isso, a Ferrari deve ser vista como o melhor conjunto do ano até aqui.
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A "hierarquia" das quatro principais equipes me parece estar muito clara, faltando apenas Schumacher reencontrar seu ritmo para estabelecer de vez a questão 1-2 interna: Alonso, Hamilton e Vettel (principalmente os dois últimos) foram sensivelmente superiores a seus companheiros de equipe nesse fim-de-semana.
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Apesar de todos os elogios, etc, a temporada da F-1 não comçou tão empolgante quanto querem que seja. O número de ultrapassagens foi baixo, e estas aconteceram em finais de reta, principalmente. Tivemos algumas boas brigas, mas nada de extraordinário. Tanto Lewis Hamilton (3º) quanto Michael Schumacher (6º) apontaram o vilão: o novo regulamento.
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Falando em regulamento, o atual campeão mundial - de quem deveríamos esperar muito - Jenson Button explicou sua apatia na parte final da corrida: "conservei demais os pneus", disse.
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Extremamente cômico o Sr. Bueno declarando Fernando Alonso como vencedor ao fim da penúltima volta.
Mas ele acertou, não é mesmo?

sexta-feira, 12 de março de 2010

GP do Bahrain - Treinos

A temporada 2010 começou, finalmente.
Na última madrugada tivemos os dois primeiros treinos livre na pista asiática, que aumentou em quase 1km. Tivemos duas sessões bastante distintas (mais informações aqui e aqui).
Na primeira delas, vimos Adrian Sutil e a Force India em primeiro lugar, com as duas Ferrari completando as duas primeiras filas (entre eles a Renault de Kubica), com Alonso em 2º e Massa em 4º. Depois vieram as duas McLaren, seguindo a ordem numérica dos carros (Button/Hamilton). As Mercedes foram apenas 8º (Rosberg) e 10º (Schumacher). Das favoritas, a decepção foi a Red Bull, com Webber em 9º e Vettel como 13º.
No entanto, para a segunda sessão, tudo mudou: a "pole" ficou com Rosberg, seguido por Hamilton, Schumacher e Button, nessa ordem (domínio absoluto dos motores Mercedes). Vettel superou Webber (foi 13º) e surgiu em 5º. As Ferrari é que ficaram para trás, com Massa (o 7º) à frente de Alonso (o 9º).
Não sabemos em que medida houve alterações de combustível no que se refere às primeiras sessões, mas tenho a leve impressão de que o segundo treino foi "mais real". Obviamente, a Ferrari deve conquistar posições melhores que as do último treino e, assim, as quatro melhores equipes deverão compôr o "Top 10", com a citada Force India, uma Williams (Hulkenberg ficou à frente de Barrichello em ambos os treinos) ou ainda a Renault (Petrov superou Kubica na segunda parte) nesse "bolo".
Nota triste para os brasileiros estreantes: carros que são verdadeiras bombas tendem a comprometer carreiras promissoras.
A temporada começa bem e com muitas expectativas. Amanhã, o primeiro teste de fogo para pilotos e equipes.
Na nossa "enquete de pré-temporada" perguntamos sobre quem seria o campeão. Demos a opção de quatro pilotos, e por "outro" devemos entender "Button e Vettel". Schumacher ganhou tranquilo essa primeira disputa (imagino como ele deva estar feliz com tal notícia): obteve 26 votos. As Ferrari aparecem completando o pódio (18 votos para cada). Só depois surgem os pilotos de McLaren e Red Bull (Hamilton com 4, "outros" com 4) .
E como será na prática?
O texto "Fórmula Madonna", de Eduardo Corrêa, é uma excelente leitura desse início de temporada e nos diz o que esperar dos duelos internos das grandes equipes, além de traçar ótimos perfis técnicos dos principais pilotos.

quinta-feira, 11 de março de 2010

GP do Bahrain - Preview

Esse ano, tentaremos fazer algo "especial" em cada GP. Além de retomarmos com as notas dos pilotos, tencionamos relembrar, a cada etapa, uma corrida marcante que tenha acontecido no referido autódromo - lógico que, com a estreia de muitas pistas, ou mesmo aqueles iniciadas em 2007, 2008, fica mais difícil relembrar GPs lendários.

No caso do GP do Bahrain, temos um breve histórico de seis GPs disputados na pista: desde 2004 no calendário, a etapa bahrenita viu 4 vencedores diferentes (todos presentes no campeonato desse ano): Michael Schumacher venceu na inauguração, e em seguida tivemos, nessa ordem: duas vitórias de Alonso, duas de Massa e a de Button, ano passado.

Normalmente, a etapa do Bahrain tem muito pouco de competitividade: geralmente o piloto pole vence - como em 2004, 05, e 07 -, ou então (como em 2008 e 09) assume a ponta logo no começo e não perde mais. Por isso, trazemos aqui aquele GP que, dentre os seis anteriores, foi o mais disputado e emocionante: 2006.

Fernando Alonso largou em 4º, e chegou a terceiro na largada. Naquela primeira volta, entre esperto e um vacilo de Massa, assumiu a segunda posição. A partir daí, haveria uma disputa entre o então atual e o maior campeão da F-1: Schumacher e Alonso trocavam a melhor volta, até que o alemão foi aos boxes.

O espanhol, utilizando-se daquele recurso que tanto notabilizou Schumi, bateu o recorde da pista seguidamente e, após efetuar seu pitstop, retornou exatamente à frente de Michael.